segunda-feira, 1 de março de 2010

PAULO E ESTEVÃO


Prece de impressionante a beleza que Abigail fez na agonia e morte de seu pai Jochedeb e, depois, de seu irmão Estêvão ("Paulo e Estêvão", págs. 42 e 162), beleza que advém não só da poesia, mas da elevação e robustez de sentimentos de que a prece se reveste:



"Senhor Deus, pai dos que choram,


Dos tristes, dos oprimidos


Fortaleza dos vencidos,


Consolo de toda a dor,


Embora a miséria amarga


Dos prantos de nosso erro,


Deste mundo de desterro,


Clamamos por vosso amor!


Nas aflições do caminho,


Na noite mais tormentosa


Vossa fonte generosa


É o bem que não secará...


Sois, em tudo, a luz eterna


Da alegria e da bonança


Nossa porta de esperança


Que nunca se fechará.


Quando tudo nos despreza


No mundo da iniqüidade,


Quando vem a tempestade


Sobre as flores da ilusão!


Ó Pai, sois a luz divina,


O cântico da certeza,


Vencendo toda aspereza,


Vencendo toda aflição.


No dia da nossa morte,


No abandono ou no tormento,


Trazei-nos o esquecimento


Da sombra, da dor, do mal!


Que nos últimos instantes,


Sintamos a luz da vida


Renovada e redimida


Na paz ditosa e imortal".


Para quem ainda não leu o livro “Paulo e Estêvão”, de Emmanuel, lembramos que Abigail, irmã de Estêvão, estava praticamente noiva de Saulo de Tarso quando assistiu o querido irmão nos derradeiros momentos de sua existência, após o apedrejamento que o levou à morte. O fato ocasionou o rompimento da relação com Saulo, que mais tarde teria seu nome inscrito na história do Cristianismo como Paulo de Tarso, o Apóstolo dos Gentios.
(Colaboração do Irmão Hugo Salema, Presidente de Honra da FILV)

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